E foi
assim, que até aos seis anos de idade, fui crescendo:
- Entre rabinices “que os papás
bem conhecem…”
- Umas vezes “comendo, outras
tendo um enorme fastio”;
-Tomando “grandes banhocas de mar”; (Há bastantes
referências a essa minha predilecção);
- Com brinquedos que, como todas as
crianças, adorava (uma boneca espanhola que se chamava Mariquita Perez era a
preferida);
- Entre recomendações e apelos,
vindos nos numerosos postais, lidos e relidos vezes sem conta;
- Falando e escutando;
- Folheando, “lendo” e relendo os
livros que encontrava ao meu alcance;
-”Chateando toda a gente” para
que me fizessem leituras da escrita existente nos objectos do quotidiano;
- Com alguns “ensinamentos” e descobertas
sobre o nome das letras;
E INFORMALMENTE fui aprendendo:
- Que uma das funções da escrita é a
de comunicar à distancia;
- A reconhecer o meu nome e o do meu
irmão ( os destinatários);
- A ler globalmente vários conteúdos, ajudada naturalmente pelas
imagens.
E um dia descobri que sabia ler! E se
calhar também saberia escrever, só que devido à perfeição que me era exigida no acto de
escrita, não devo ter tido as mesmas oportunidades de convivência e experimentação natural com a
escrita. (um dos poucos exemplos que tenho são os rabiscos neste postal).
Vejam lá se isto tudo, embora passado
num contexto de aprendizagem informal, tem ou não relação com o seguinte texto: "Para Um Novo Olhar Sobre A Problemática da Aprendizagem da Leitura" ...
Nas ocasiões que referes neste texto, ainda não te conhecia... só para aí uns dez anos mais tarde... e eras então uma miúda muito desenrascada e divertida... as "raízes" estavam lá todas...
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