Na Escola de Magistério Primário de Lisboa


E lá fui eu para a Escola de Magistério Primário de Lisboa, ser professora de “Técnicas Pedagógicas”, no Curso de Educadores de Infância. Foram três anos em que acompanhei um grupo de alunos, do primeiro ao terceiro Ano.



Essa passagem pela Formação Inicial, foi também uma grande aprendizagem. 

Aprendizagem feita com algum sofrimento, não nego, principalmente porque estava a mexer com conceitos que não dominava. Todas as questões da Avaliação me inquietavam muito. De qualquer maneira tive de me adaptar. Adaptação também  a outro espaço, a outra equipa, a outros conteúdos e a alunos de uma outra faixa etária.

Mas de um modo geral até gostei.

Havia um certo entusiasmo, gosto por partilhar, e a tentativa dos professores das áreas teóricas conhecerem e entenderem o que se fazia na prática. E até se fizeram algumas tentativas de articulação disciplinar interessantes. Se calhar está por fazer a história desse tempo na Formação Inicial, mas essa história não cabe neste escrito!



O terceiro Ano do Curso, era passado em estágio, em Jardins de Infância.

Ao contrário do que tinha acontecido no meu estágio do final do curso, os alunos não estavam sozinhos, partilhavam a sala com uma educadora, e em conjunto elaboravam os planos de actividades, anuais, mensais e semanais (na altura os conceitos ligados a projecto educativo e a projecto curricular de turma, ainda não existiam).

Isto colocava-me alguns problemas de ordem deontológica. Eu observava coisas com que não estava de acordo, mas como as colegas não estavam interessadas em as discutir, eu tinha de as aceitar...

Por sua vez, os alunos, se a coisa estava a correr bem, se tinham criado empatia com a educadora, se estavam ligados afectivamente a ela e ao grupo de crianças, tinham dificuldade em aceitar criticas, além disso as criticas, dada a sua inexperiência, podiam causar problemas institucionais.

Outros alunos, aqueles que tinham mais dificuldade de integração, gostariam de ver em mim uma espécie de aliada, contra a educadora, ou contra a instituição, o que eu também não podia permitir que acontecesse!

Como semanalmente tínhamos um tempo para reflexão, resolvi criar uma certa distância, e em conjunto ler e analisar alguns textos teóricos. Como por vezes tinha alguma dificuldade na selecção, abalancei-me nas coisas da escrita.

Apesar da auto-censura que hoje, a minha idade e percurso profissional me deviam impor, aqui vão alguns desses textos, tal e qual foram escritos, na "frescura" dos meus 30 anos. 

Penso que na sua ingenuidade reflectiam algumas das minhas preocupações pedagógicas, muitas das quais infelizmente, ainda hoje  se continuam a verificar.

Essas preocupações giram em torno das coisas simples da vida do Jardim de Infância, tais como a expressão e a comunicação, a conversa com as crianças, a utilização de instrumentos de planificação e avaliação, A organização do tempo, dos espaços e dos materiais,  a relação com o meio, a celebração de dias festivos...

Aqui vão alguns, sem emendas, tal como foram escritos na época:


17-10-1986 - OS TEXTOS DA ANA OLIVEIRA

 Gostaria que estes pequenos textos fossem entendidos como “Textos Livres”, pois tal como os textos dos meninos são escritos sem obrigatoriedade, sem tema e sem horário, no comboio em casa ou no café.

Servem para comunicar coisas do meu dia a dia, daquilo que eu conheço vivo e observo. Depois de lidos, farão parte de um grupo, e tal como os dos meninos, poderão ser ilustrados, dramatizados, discutidos, enriquecidos…

Espero que estes “Textos Livres” despertem no grupo B do 3º Ano do Curso de Educadores de Infância, a vontade de Escrever e Comunicar, e que dentro de pouco tempo, muitos outros escritos nasçam, individualmente, “a meias” ou colectivos.

Têm como objectivo, ajudar-nos a repensar as pequenas coisas do nosso dia a dia de Educadores, profissão tão dura, que por vezes não nos dá tempo para parar, reflectir, teorizar e reformular a nossa prática.

Por isso espero que ninguém se sinta ofendido com eles, pois estou certa de que muitas das situações que irei observar, as pratiquei também, e que muitos erros continuarei a fazer, quando voltar para o trabalho directo em Jardim de Infância, sem falar daqueles que fiz, durante estes dois anos, como professora de Técnica Pedagógica, na Escola de Magistério Primário de Lisboa – Curso de Educadores de Infância.


23-10-86 - A HISTÓRIA DE UM TAPETE, OU A TRISTE HISTÓRIA DA CONVERSA


Sou um tapete de pano, um vulgar tapete comprado numa feira, nem sequer sou muito grande, metro e meio por metro e meio. Sou mesmo vulgar, de riscas encarnadas e brancas. Depois de ser comprado, vivi feliz algum tempo! Estava numa saleta, era aquecido pelo sol, nem sequer era muito pisado. Um cãozinho gostava de se deitar em cima de mim. O tempo foi passando, e um dia fui metido numa máquina, estava sujo, ouvi dizer...

 “Tchaca” “tchaca”, água, detergente, fui chocalhado, espremido e estendido numa corda.
           
- Que feio que ficou, desbotou! – ouvi a minha dona dizer – Vou levá-lo para o Jardim de Infância, para os miúdos se sentarem.

Meteu-me num saco de plástico, e lá fui eu. Ia contente, era um fim digno para um vulgar tapete de trapos.

Com carinho, a minha dona escolheu um espaço para mim. Pôs-me umas almofadas em cima. Depois chamou uma colega e disse-lhe:

- Não fica aqui bem este tapete? É para a hora do planeamento e da oralidade.

- Fica lindamente, disse a outra.

Nessa noite não dormi. Estava entusiasmado, queria conhecer depressa os meus novos amigos. E o dia seguinte chegou, parecia uma revolução. Fui pisado por tantos pés, deslizei no chão, fiquei todo enrolado e amachucado… tudo bem, pensei, crianças são crianças!

A revolução continuou durante algum tempo. Os inimigos (a minha dona e as suas crianças) confrontaram-se, e depois de vários gritos, cantigas, palmas, ganhou a minha dona, percebi pela sua voz vitoriosa.

- Então vamos lá saber o que fizeram no fim de semana, perguntou ela – diz lá tu Pedro.

- Eu fui ao cinema com o meu pai e com a minha mãe.

- Muito bem. E tu Sofia, o que fizeste?

- Eu não fiz nada, fiquei em casa.

- Sim? E tu Manel…

- Eu também fiquei em casa, disse o Manel.

- Está quieto Diogo, larga a orelha da Teresa. João não puxes o cabelo do Filipe; João Pedro larga os jogos; Marina não desabotoes as botas da Sara.
           
A conversa lá foi continuando, interrompida constantemente por exclamações proferidas pela minha dona  tentando dominar as hostes inimigas.

Ao fim de uns dolorosos vinte minutos, a conversa estava acabada com a vitória dos que não tinham feito nada – 14 – e a derrota dos que tinham ido ao cinema – 6 – e uma quase abstenção, a Sara que tinha ido ver um barco muito bonito.

- Meninos, agora que já sabemos todos o que fizemos no fim de semana – disse a minha dona – VAMOS TRABALHAR! O que é que queremos fazer? – perguntou ela – O Pedro, o Manel e a Joana vão para o desenho, o João para os jogos…

Estava tão cansado que deixei de a ouvir. Que coisa esquisita esta da conversa!

Cá para mim ninguém conversava! Mas como sou um vulgar tapete não devo perceber nada destas coisas da pedagogia...
           
E de tão cansado adormeci por momentos, acordando depois com uns meninos em cima de mim. Que diferença! Conversavam uns com os outros, calmamente. E que coisas lindas diziam, falavam de cores, de carros, de animais… e fui estrada, céu, árvore. Aquilo sim era conversa, mas a minha dona não ouvia, ocupada a dar ordens noutro sítio.

Enfim, já sei o que me espera ao longo dos dias: - vou esperar que os primeiros momentos passem rapidamente, para depois saborear as verdadeiras conversas das crianças, quando estiverem sozinhas a fazer jogos em cima de mim.

Que pena a minha dona não dar por isso!


27-10-86 - DE COMO OS MENINOS EM PORTUGAL, VÃO DEIXAR DE SE CHAMAR ANTÓNIO, MANUEL OU JOAQUIM

Nota: Uma explicação para os leitores que não estão habituados às coisas do Jardim de Infância - Há o costume de dar nomes às salas do jardim de Infância, e identificar com símbolos, os "pertences" de cada um.  

Um menino que pendurava o seu casaco nos cabides do Jardim de Infância, dizia para a mãe:
- Olha eu sou a banana.
- Não és nada, és Manel – dizia a mãe, pessoa com aspecto humilde.
- Sou banana, sou banana – gritava o menino. A … (educadora) diz que eu sou banana; o meu copo também tem uma banana. Anda cá ver no refeitório, a minha cadeira também tem uma banana.

- Diz-me, foste tu que colaste? – perguntou a mãe.

- Não, foi a … (educadora), eu só fiz festinhas. Olha o burrinho aqui ao lado é uma menina.

- Como é que ela se chama?

- Não sei!

- Não sabes, então como é que a educadora os chama?

- Joaninhas venham cá – disse o Manel batendo as palmas. ( Joaninhas era o nome da sala: - A sala das Joaninhas)

E não ouvi mais, subi as escadas e fui dar a uma porta enfeitada com joaninhas. Mais tarde, numa reunião de pais, ouvi falar da importância dos símbolos no Jardim de Infância, e fiquei preocupada a pensar no que será um adulto que em menino foi joaninha banana, ou banana joaninha durante um ano.

Já para não falar dos que foram burros, patos, borboletas… (numa sala com 20 crianças, muitos animais serão necessários).

Mas para quê isto tudo?

Porque não utilizar a escrita dos nomes das crianças?

Como se a escrita não fosse o mais universal dos símbolos!



8-11-86 - REFLEXÃO FEITA NUMA NOITE DE INSÓNIA SOBRE O USO OU NÃO USO, DAS TABELAS DE PRESENÇAS, NOMES, CALENDÁRIOS DO TEMPO, QUADROS DE ANIVERSÁRIO, ETC. ETC. ETC.
  
Os Jardins de Infância, não fogem ao fenómeno da moda. há coisas que em determinada altura aparecem como extremamente modernas, mas já foram utilizadas antes. Tudo isto para vos falar das tabelas de presenças, dos calendários que aparecem nos Jardins de Infância, (dos quais sou, como sabem, acérrima defensora).

Nunca ouviram dizer isto:
- Que horror, é tudo igual!

- Não há criatividade da parte das educadoras.

- Nem se espera que as coisas aconteçam…

- Não acredito que os meninos entendam.

- Nem há progressão! Tem de haver uma progressão nas aprendizagens.

- Eu acho que se deve começar por uma tabela de uma entrada. È muito mais fácil!

- Eu fiz uma vez, eles não conseguiram marcar nada, nem o nome conheciam… desisti logo.

- Só dá é trabalho!

- É o que te digo, isto é tudo uma fantochada, é uma moda…

Uma moda? Recente? Não acredito.

Lembro-me tão bem do que fazia há uns anos atrás, no começo do Ano Lectivo! 

Antes das crianças entrarem, tinha a preocupação de alindar as paredes da sala para receber os novos meninos. O trabalho que aquilo dava!

Cartazes com os nomes deles, letra cuidada, bonitas gravuras tiradas de revistas. 


Fazia também um cartaz para me lembrar dos anos das crianças, e ter noção das suas idades.

(...) Faço depois uma retrospectiva desenhada, de modelos de cartazes de aniversários , em que os nomes das crianças, eram colocados em comboios, pétalas de uma flor, lagartas, nuvens ou passarinhos. (a nossa imaginação e criatividade era delirante!). Apresento também o desenho de um calendário- Um moinho, em que as velas eram as estações do Ano, numa janela, aparecia o mês, e na porta o dia. 
Que mania de infantilizar as salas...

Depois da parte desenhada, continuo com a descrição.

E mesmo há 10 ou 15 anos, já apareciam tabelas de duas entradas, muito pequeninas, muito chatas, em que éramos obrigadas a marcar as presenças e as faltas das crianças. Até as pregávamos na porta com uns pionéses para não se perderem.

Com desenhos estereotipados, com letras em diagonal, com comboios, flores ou nuvens o que é que estava ali? – Instrumentos do educador, que no princípio do ano ajudavam a conhecer melhor o grupo, servindo-lhe de memória. 

Os calendários, destinavam-se, embora sem o explicitarmos, a dar às crianças uma noção do tempo.


Mas o que mudou hoje?

Muito pouco, de facto uns continuam a ser instrumentos do professor, outros continuam a servir para se ir falando do tempo. 


Só que o simples acto de os partilhar com as crianças mudou muita coisa. Já não é só o educador que sabe para que é que aquilo serve, todo o grupo pode aprender a reconhecer os nomes dos amigos, saber quem faz anos, quem falta, quando não vai haver escola.


Logo desde muito cedo o grupo pode falar sobre estas pequenas coisas do dia a dia e começar a saber “lê-las”.

Hoje em dia o que mudou foi a forma (simplificaram-se). As tabelas dão leituras rápidas, e são desde há muito tempo utilizadas pela humanidade. Ninguém anda na carteira com um calendário de feitio de moinho ou de tartaruga porque não é funcional! Todos nós usamos tabelas de duas entradas para as mais diversas situações.

E quem é que usa tabelas de uma entrada? Ninguém. Não nos dão leitura nenhuma.

Calendários, memorandos, tabelas são instrumentos usados na vida corrente. 


Negarmos essa necessidade de simplificação e de racionalização é negar a história da humanidade.

Se forem entendidas como instrumentos do educador, partilhados com as crianças (colocados à sua altura, a letra bem desenhada, etc.) se o educador as preencher em frente das crianças, conversando, se eles virem como funcionam e para que servem, então pouco a pouco, uns meninos vão entendendo a sua função, outros vão conseguindo ler o que lá está, outros vão querer imitar o educador e começar registar também. Quem já é capaz de fazer isso, vai ajudar os colegas.


Outros inicialmente não vão ligar nada aquilo, mas pouco a pouco lá chegarão.

É tarde, estou cansada! Depois desta reflexão toda vou fazer uma tabela para por no meu quarto

Codigo:
+ - dias em que dormi
©  -  noites em que reflecti

Se no fim do mês as noites em que reflecti forem mais do que as dormidas, terei uma leitura clara do meu estado mental – Estou mal! Lá terei de ir ao psiquiatra.


12-12-86 - HOJE HOUVE DEBATE SOBRE A PAZ PORQUE É O ANO INTERNACIONAL DA MESMA

Hoje todos os professores e alunos da Escola foram dispensados das aulas da parte da tarde, para em conjunto participarem num debate sobre a Paz, visto este Ano Internacional da mesma, estar quase a terminar, e ainda não ter sido comemorado.

Eu fui, ouvi, e não consegui participar.

Ouvi discursos bem elaborados, bonitos mesmo, sobre a guerra, o poder, desarmamento, riqueza e brinquedos bélicos, mudar ou não mudar a sociedade, pois mesmo com educação, saúde, habitação para todos, a paz não estará assegurada enquanto a não encontrarmos dentro de nós.

Falou-se até das “Bem Aventuranças”, e foi lido um texto de um menino da 4ª classe, que começava assim:


- «A paz é linda, a paz é liberdade. Se eu governasse acabava com a guerra, e dava dinheiro aos pobrezinhos para que fossem menos pobrezinhos...»

Quando dei por mim, já estava longe, estava a lembrar-me daquela escola que fez uma festa com os meninos todos a cantarem de mãos dadas “Clarinha olha as pombas”,e que depois até soltaram um pombo correio de um vizinho da professora.

Mas depois, como as crianças estavam já muito excitadas, acabaram a festa a cantar com muita força o “Atirei o pau ao gato”, para libertarem a agressividade!

Lembrei-me também de uma escola do ensino primário, cá em Lisboa, onde há turmas de meninos brancos e turmas de meninos negros, mas onde há um projecto de viver a paz, e têm pombos recortados nos placards...

Vejam lá, até me lembrei do largo da Paz, ali na Ajuda, onde os moradores são conhecidos por andarem sempre à pancada...

Também me lembrei da paz podre, ou da guerra não declarada que se vive em tantas escolas. Então decidi: - Hoje ao jantar vou comer ensopado de pombo. Se for pombo bravo é melhor, mas manso também marcha.

Tem é de ser obrigatoriamente branco!



O NATAL

Hoje devia estar muito contente. 

É dia 12 de Dezembro, estou quase de férias, gastei todo o subsidio de Natal a comprar aquilo com que há tanto tempo sonhava. Amanhã é sábado, e depois é domingo... tantas razões para estar contente, só que não estou! 


Hoje estou com uma “telha” desgraçada. Para espairecer fui passear para o “Fonte Nova”. Estava tudo enfeitado, até havia música ambiente com canções de Natal. 


Então entendi porque estava chateada. É que desde terça feira, andava a ver preparações de Natal nos Jardins de Infância, e a minha angustia fora-se avolumando.


- Vi gastar dinheiro em papéis metalizados, enfeites, colas, quando o material de desgaste normal é praticamente nulo ou de má qualidade.
- Vi meninos que iam fazer actividades sem saberem porquê nem para quê.

- Vi meninos a utilizarem materiais, sem terem tido tempo para os conhecer e experimentar.

- Vi meninos de barracas, que nunca terão brinquedos, “ditarem” cartas ao pai Natal.

- Vi educadoras que contestam a importância da escrita no Jardim de Infância, a escrever essas mesmas cartas.

- Vi meninos sem pai ou sem mãe a fazerem prendas para eles.

- Vi educadoras cansadas, zangadas e a praguejar contra o Natal.

- Vi meninos a ensaiarem para festas sem perceberem que ia haver festa.

E no meio disto, e apesar de tudo, vi meninos mais entusiasmados do que habitualmente, porque se fazia alguma coisa de diferente. 

Depois disto tudo não fiquem a pensar que eu sou contra o Natal, porque não sou. Eu até gosto de festas! E gosto do que vi em alguns sítios:
- O meu pai vai chegar no Natal.

- Eu cá vou à terra, é muito longe e está frio.

- A minha mãe vai comprar um “pirum” (perú) dos vivos.

- Lá na minha rua já estão a pôr luzes.

- E se nós fossemos ver, disse a educadora.

E o Natal foi acontecendo, e foi-se vivendo, com o que os meninos diziam, com o que as educadoras e o grupo acrescentavam.

Sem pressas, calmamente, discutiu-se se se havia de comprar um pinheiro a sério, ou fazer um; como enfeitar os corredores e as salas; fazer uma festa (como, para quem, onde, em que dia) e fizeram-se os convites, etc.

E milagre do Natal, até nem se gastou muito dinheiro.

Estas coisas são muito complicadas, parece que é tudo igual, mas afinal há muitas diferenças!


Relendo os textos, tomei consciência que a produção tinha sido grande, irregular na forma e no conteúdo. Alguns estão muito datados, outros dizem respeito ao grupo, por isso não cabem aqui.

Foi uma etapa na minha vida profissional, desempenhada o melhor que podia e sabia. Mas com a certeza de que gostava mais do trabalho directo com crianças, no final desses três anos, decidi voltar para o Jardim de Infância.

Por essa altura, já estava colocada no ensino oficial, o que facilitou a decisão. Era efectiva em Lisboa, no Jardim de Infância da Ameixoeira,  a seguir à Charneca, para lá do Lumiar.

 E em Setembro, lá fui eu de malas aviadas para a Ameixoeira.


8 comentários:

  1. Hoje conseguiste por o comentário. Mas este blogue é muito temperamental hoje não assumiu alguns títulos que estavam a azul. Obrigada pelo vosso carinho.

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  2. Foi um prazer ler mais um pouco de ti e do teu interessante percurso profissional. Adorei os teus textos livres, e, particularmente, A História do Tapete. Caso para dizer: aqui há talento!

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    1. Maria Júlia, estas histórias estavam escritas, mas na nossa vida as histórias mais engraçadas são aquelas que não se podem contar, porque como dizem respeito a um grupo, aí sim era preciso muito talento para as escrever. Bjs e um bom ano para vocês.

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  3. Obrigada Ana, por mais uns textos fabulosos. Adorei a história do tapete. Quero mais!!!!!

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  4. A estorinha do tapete, uma maravilha! Já pensaste em desenvolver o tema (em paralelo, não no blogue) com o título, por exemplo, "Conversas num Tapete"? Um desfiar de pequenos contos sobre os dramas e as tramas do dia a dia, captados dos diálogos sobre o tapete. Era capaz de ter piada.
    Agora, minha amiga, os moradores do Largo da Paz andarem sempre à pancada !? Eh, eh, onde foste buscar essa?

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    1. Olá Horácio, quase um mês depois é que estou a responder ao teu comentário. Amigo aquilo do Largo da Paz, foi uma veleidade poética.
      Um bom Natal e Ano Novo para todos. Beijos

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