Estávamos em 1987.
Por essa altura,
começava a falar-se, embora de maneira ainda incipiente, em Modelos Pedagógicos.
Em Setúbal, a professora Cristina Figueira estava a ter bastante impacto com a
implementação do "Modelo High-Scope".
Em Aveiro, começava a falar-se de "Pedagogia de Projecto".
O "D.E.P.E." na altura o Departamento da Direcção Geral do Ensino Básico do Ministério da Educação que
coordenava os Jardins de Infância oficiais, atento ao facto, resolveu escolher
quatro Modelos Pedagógicos: - o Modelo High-Scope, a Pedagogia de Projecto, a
Pedagogia de Situação, e o Modelo do Movimento da Escola Moderna, para serem
trabalhados experimentalmente em Jardins de Infância da rede pública.
Com o conhecimento de que
eu ia regressar ao trabalho directo, o Jardim de Infância da Ameixoeira, foi um
dos escolhidos para participar nessa experiência pedagógica. Era lá que iria
ser implementado o Modelo do Movimento da Escola Moderna. Eu estava ao corrente
do que iria ser proposto, e não nego que estava entusiasmada. Mas as outras
colegas não sabiam nada do que as esperava.
Tinham-me pedido segredo absoluto, pois o projecto podia não se realizar.
Tinham-me pedido segredo absoluto, pois o projecto podia não se realizar.
Hoje acho que foi uma
perfeita loucura … um grupo de educadoras que não se conheciam de lado nenhum, juntas
pela primeira vez, num local completamente desconhecido, aceitaram participar no
projecto.
Por sorte (e muito
trabalho), acho que a coisa correu bem!
Antes das férias do Natal, uma grande comitiva vinda da "24 de Julho", deslocou-se à Ameixoeira, para nos desafiar.
As colegas, quando lhes fizeram a proposta, aderiram de imediato, embora com algum receio. O projecto englobava também outras duas colegas, colocadas em Jardins de Infância do Alentejo. Teve a duração de dois anos lectivos, em que fomos acompanhadas teoricamente pelo Sérgio Niza.
Eu, no terreno, ajudava a fazer a ponte entre a teoria e a prática.
As colegas, quando lhes fizeram a proposta, aderiram de imediato, embora com algum receio. O projecto englobava também outras duas colegas, colocadas em Jardins de Infância do Alentejo. Teve a duração de dois anos lectivos, em que fomos acompanhadas teoricamente pelo Sérgio Niza.
Eu, no terreno, ajudava a fazer a ponte entre a teoria e a prática.
E no D.E.P.E. havia uma educadora
para dar apoio logístico. Essa educadora era a Margarida Maldonado, lembram-se..., a minha
amiga da creche, que depois tinha ido para a Estação Agronómica, e que agora estava no Ministério.
Em Janeiro, lá começamos a trabalhar no
projecto de implementar o Modelo do Movimento da Escola Moderna.
A balançar entre a teoria
e a prática.
Começámos com a teoria, um monte de fotocópias de textos, para em equipa irmos lendo e discutindo.
Pude verificar, que tal como me tinha acontecido a mim, muitas vezes as colegas tinham dificuldade em enquadrar a teoria na prática. Apesar de tudo, acho que a minha presença ajudou nessa tarefa.
Pude verificar, que tal como me tinha acontecido a mim, muitas vezes as colegas tinham dificuldade em enquadrar a teoria na prática. Apesar de tudo, acho que a minha presença ajudou nessa tarefa.
Uma vez por mês, lá ia o
Sérgio Niza fazer o ponto de situação. A Céu e a Francisca, vinham na camioneta, apanhada em Serpa, de madrugada.
Trabalhámos todas que nem umas desalmadas… as colegas tinham organizado as salas, à sua maneira, depois em Janeiro chegou o novo material, as imprensas, os limógrafos. Foi preciso ensinar as colegas a trabalhar com aquilo tudo… e foi preciso reorganizar as salas outra vez.
Quem está fora das escolas, nem imagina o trabalho que dá, o tempo que isso demora... as dúvidas que vão surgindo ... Também foi preciso ir procurar respostas na teoria, e voltar a reler textos que agora começavam a fazer sentido…
Trabalhámos todas que nem umas desalmadas… as colegas tinham organizado as salas, à sua maneira, depois em Janeiro chegou o novo material, as imprensas, os limógrafos. Foi preciso ensinar as colegas a trabalhar com aquilo tudo… e foi preciso reorganizar as salas outra vez.
Quem está fora das escolas, nem imagina o trabalho que dá, o tempo que isso demora... as dúvidas que vão surgindo ... Também foi preciso ir procurar respostas na teoria, e voltar a reler textos que agora começavam a fazer sentido…
Saíamos tardíssimo, a
Ameixoeira ficava no fim do mundo... hoje há metro, mas na altura só havia o autocarro 1, era preciso
atravessar Lisboa inteira para lá chegar… mas de qualquer maneira aquilo foi
interessante, foi um trabalho que em muito pouco tempo deu “frutos”.
Embora esta consideração
não caiba aqui, isto da relação das escolas com o meio, tem
muito que se lhe diga... Quando lá chegámos havia poucas crianças, mas depois de uma grande distribuição de desdobráveis, para fazer a divulgação do Jardim de Infância, as pessoa do bairro lá se foram apercebendo
que havia um trabalho diferente a ser desenvolvido, uma equipa muito
interessada, e novas crianças se foram inscrevendo. Em pouco tempo, tínhamos
o Jardim de Infância com a lotação esgotada.
No final do ano, fizemos
uma grande exposição de trabalhos das crianças.
Graficamente muito bonita, estava também muito explicita, e de certa maneira didáctica, pois conseguia dar uma visão do trabalho desenvolvido. É óbvio que tudo isso, tinha implícito um trabalho de produção colectiva de escrita que considero muito interessante, por isso gostaria de a incluir, nestas “Coisas com escrita na história de uma educadora de infância”.
Graficamente muito bonita, estava também muito explicita, e de certa maneira didáctica, pois conseguia dar uma visão do trabalho desenvolvido. É óbvio que tudo isso, tinha implícito um trabalho de produção colectiva de escrita que considero muito interessante, por isso gostaria de a incluir, nestas “Coisas com escrita na história de uma educadora de infância”.
Embora não seja a
transcrição da “nossa escrita” para facilitar essa tarefa, vou socorrer-me de
um texto escrito por Maria Augusta Seabra Diniz, no seu livro “FALAR CONTIGO”.
Chama-se: Fui “ver a vida” ao Jardim de
Infância da Ameixoeira
FUI “VER A VIDA” AO JARDIM DE INFÂNCIA DA
AMEIXOEIRA
“A Ana Oliveira telefonou-me um destes dias convidando-me
para ir à Ameixoeira, onde ela trabalha como educadora desde Outubro, ver a
exposição de trabalhos das crianças (...) Teve o cuidado de me explicar que os
trabalhos expostos não eram só das crianças da sala dela mas de todas as salas
do Jardim de Infância, onde trabalham também este ano a Luísa Ferreira, a Ana
Roldão e a Elvira Pires.
Desmarquei coisas importantes que tinha
programadas para essa tarde e fui lá. Não me arrependi. Até voltei lá no dia
seguinte para ver melhor.
(...) Mas não imaginava que em tão pouco
tempo e com tão poucos recursos económicos fosse possível fazer tanto. Em
Outubro passado, três das educadoras eram “novas” na Ameixoeira. E das quatro,
nenhuma se conhecia...
Digo que fui “ver a vida” porque ela estava
escrita nas paredes, nos desenhos, nos livros que as crianças tinham feito, nos
jornais de parede, nas cartas que tinham recebido...
Vi que as crianças, ali, eram livres de
escolher a actividade que gostavam de realizar. E eram muitas as hipóteses que
se lhes ofereciam: desenho, recorte, modelagem, pintura, tapeçaria, ouvir
histórias, ver / ler livros, inventar histórias, ilustrar histórias e textos,
ouvir música, tocar, cantar, mascarar-se, fazer teatro, brincar na casinha das
bonecas, tratar dos animais e das plantas, jogar, cozinhar, passear, brincar no
recreio...
No começo da manhã, a educadora combina com
as crianças o que elas querem fazer. À tarde, registam o que se fez num quadro
de duas entradas. Os mais velhos sozinhos. Os mais novos com a ajuda da
educadora. E dão-se opiniões sobre o prazer ou o desprazer que tiveram ao
realizar determinada tarefa.
No fim da semana analisam o que foi feito. Fazem o
balanço dos desenhos, das realizações, dos fracassos. Lêem juntos o jornal de
parede, onde, a pedido das crianças, a educadora foi registando em cada dia o
que de significativo aconteceu na sala e nas suas vidas.
A linguagem verbal foi acompanhando todas
estas actividades. Quando as crianças realizam tarefas que lhes agradam e têm
quem as escute, falam. Contam a toda a gente o que viram, o que fizeram.
Começam a ser capazes de exprimir as suas emoções e sentimentos.
Numa das
paredes podia ler-se esta frase:
“Damos tanta importância à linguagem dos
nossos meninos que até escrevemos quase tudo aquilo que eles nos dizem.”
E viam-se textos de que destaco alguns por
aquilo que revelam de experiência, de sofrimento, de descoberta, de emoção
(...)
Se a criança sente que as suas palavras são
valorizadas, ouvidas, escritas e até lidas, vai continuar a “contar”. Vai
relacionar o que se diz com o que se escreve. E a escrita aparece.
A princípio
faz o que vê fazer à educadora, à mãe: riscos a que atribui um significado.
Depois começa a escrever letras do seu nome e a identificá-las em todo o lado.
E através da correspondência vai-se
apercebendo de que pela escrita pode comunicar com os que estão longe, com os
familiares, com as crianças de outros jardins de infância... Gosta de ouvir ler
as novidades que os outros lhe mandam dizer e também de contar as suas.
As crianças da Ameixoeira “mostraram as
cartas que tinham recebido dos meninos de A-da-Beja em resposta às que lhes
tinham enviado. Contaram o que tinham aprendido com os outros meninos. Falaram
das visitas que lhes tinham feito.
Também se corresponderam com os pais da
Leonora, a menina que tem os pais em Inglaterra.
Para que as notícias da escola pudessem
chegar a todos os pais com mais facilidade, as crianças tinham na sala uma
imprensa e um limógrafo, com os quais começaram a trabalhar.
E “falaram das histórias que eles gostaram
mais de ouvir e que recontaram à sua maneira.
Disseram, nos “textos”, nas
poesias e lenga-lengas que ouviram e inventaram.
Dos bolos e outros cozinhados
que confeccionaram em conjunto e cujas receitas codificaram e ilustraram.
A Matemática também estava presente. E estava
a partir da vida, das situações naturais que acontecem todos os dias e que dão
oportunidade de falar, de identificar, de seriar, de classificar... As noções
de espaço e de tempo eram documentadas, quer por actividades realizadas dentro
da sala, quer por outras realizadas ao ar livre. As experiências “falavam das pequenas
descobertas que as crianças iam fazendo no campo de pesos, medidas,
densidades...
Os contactos com o meio, a exploração das
ruas próximas, das lojas, dos restaurantes, jardins... deram ocasião a um sem
número de vivências a muitos níveis e que tiveram a ver com todas as áreas.
Podemos chamar-lhe experiências globalizantes.
As crianças foram “ver a vida” lá fora e
trouxeram-na para dentro da sala.
Foi esta vida que eu encontrei escrita e
pintada na exposição que as educadoras e as crianças fizeram para mostrar aos
pais e aos amigos.
Com o que se experimenta, se descobre, se lê
e se escreve nestas salas, é impossível que estas crianças não desejem aprender
rapidamente a codificar e a descodificar os signos escritos. (...).
O aspecto forte deixou de
ser colocado nas técnicas, para ser posto na organização do trabalho e do grupo.
Também quis que deixássemos de pôr a tónica na relação com o meio, um aspecto que
já dominávamos bem, e nos dava uma certa
segurança, para essa tónica passar a incidir em projectos das crianças.
Ficámos
um bocadinho sem rede. Uma coisa eram os projectos que decorriam das saídas que
dávamos com as crianças, e que depois na sala, quando regressávamos, eram
trabalhados nas diversas áreas.
Depois de trabalhados, usávamos a imprensa, o
limógrafo, e várias técnicas de ilustração, para fazer circular esse trabalho,
para os pais, para os amigos de longe... De repente parecia que isso já não era
valorizado... andámos um bocadinho desorientadas, como se costuma dizer em
linguagem corrente, andámos outra vez a apanhar bonés, a dar cabeçadas, a ver
se os projectos aconteciam (por vezes parecia que não acontecia nada).
Foi
preciso começar a falar de Rotinas, a incidir mais nas comunicações e
apresentações das produções das crianças em Conselho, e a perceber melhor a
nossa função de promover as aprendizagens mais significativas.
Ao fim de um tempo lá nos
encontrámos de novo. Foram tempos difíceis... Mas pronto, lá nos conseguimos
endireitar… acho que o resultado foi bom…, fomos das poucas equipas que estavam
no Projecto dos Modelos Pedagógicos, que conseguiu apresentar o Relatório final,
que depois foi entregue nas Direcções Regionais para poder ser consultado.
Lá conseguimos levar
aquilo a bom porto e deixar registada essa experiência de implementação do
Modelo do MEM na Rede Pública, provando ser possível o Modelo ser desenvolvido nesse contexto.
Se calhar para os não educadores há coisas que não fazem sentido: O que é isso dos Modelos Pedagógicos, o que é o MEM, quem será o Sérgio Niza? Só que isso ia levar tanto tempo e é tão teórico e complicado que nunca mais daqui saíamos.
Em linhas muito gerais o MEM, ou Movimento da Escola Moderna, é uma Associação de Formação de Professores de todos os níveis de ensino. Comemora este ano cinquenta anos.
O Sérgio Niza é um dos fundadores.
Tal como se incentivam as crianças e os jovens a mostrarem os resultados do trabalho, dos projectos, assim se incentivam os profissionais de Educação a partilharem as suas "Práticas", cada vez mais fundamentadas. Isto faz-se num Congresso anual, e em encontros de Sábados Pedagógicos. Publicamos uma revista.
Também quem estiver interessado pode ir pesquisar...
Mas um destes dias público um pequeno texto teórico sobre o Modelo do MEM.
Penso que por agora chega, pois não me quero dispersar!
Mas para mim, a Ameixoeira tinha de acabar. Era de facto muito longe, o que representava um esforço diário muito grande. Apesar de ser gratificante, tinha que procurar um jardim de infância mais perto de casa.
Concorri, fiquei colocada em Alcântara, no Jardim de Infância da Calçada da Tapada, onde fui encontrar a Rosinda, colega do primeiro ciclo que tinha trabalhado comigo na Voz do Operário. A Rosinda, quando soube que eu ia lá para a escola, fez junto das colegas, uma grande propaganda do meu trabalho. E como esta coisa das expectativas positivas tem muito que se lhe diga, a minha ida para a escola era aguardada com grande ansiedade.
Se calhar para os não educadores há coisas que não fazem sentido: O que é isso dos Modelos Pedagógicos, o que é o MEM, quem será o Sérgio Niza? Só que isso ia levar tanto tempo e é tão teórico e complicado que nunca mais daqui saíamos.
Em linhas muito gerais o MEM, ou Movimento da Escola Moderna, é uma Associação de Formação de Professores de todos os níveis de ensino. Comemora este ano cinquenta anos.
O Sérgio Niza é um dos fundadores.
Tal como se incentivam as crianças e os jovens a mostrarem os resultados do trabalho, dos projectos, assim se incentivam os profissionais de Educação a partilharem as suas "Práticas", cada vez mais fundamentadas. Isto faz-se num Congresso anual, e em encontros de Sábados Pedagógicos. Publicamos uma revista.
Também quem estiver interessado pode ir pesquisar...
Mas um destes dias público um pequeno texto teórico sobre o Modelo do MEM.
Penso que por agora chega, pois não me quero dispersar!
Já aprendi hoje mais umas coisas...
ResponderEliminarComo dizia Lenine, «estudar, estudar sempre»..
Obrigado!
Obrigada Guilherme, Já agora "O Marx morreu, o Lenine também, e eu com tanta escrita já não me sinto nada bem...
EliminarSempre a aprender! Boas Festas.
ResponderEliminarAinda bem que se aprende qualquer coisinha. Bom Natal e Bom Ano Novo
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAgora com mais tempo (menos participações em eventos literários...) vou seguir-te! Gosto da tua postura de professora inconformada! Bj -
ResponderEliminarMeu caro amigo, ainda bem que gostas da minha postura de professora, mas olha que inconformada, não sei se sou. Acredito é que pode e deve haver outras maneiras de ensinar. Cabe nos documentos oficiais, não é um ensino alternativo. Bjs
EliminarConheci a Ana Oliveira no começo da ligação dela ao M.E.M., e o Sérgio Nisa ....estávamos todos ainda muito frescos. Admiro a Ana e dou - lhe os parabéns pelo testemunho que pretende deixar sobre as experiências porque passou. Muitas coisas poderíamos contar sobre os diferentes percursos profissionais que tivemos, mas este trabalho da Ana Oliveira já é uma mais valia!!!!!
ResponderEliminarObrigada Florentina. Um abraço
EliminarLembro-me muito bem de ter visto a exposição que a Ana refere e de ter ficado encantada. De facto, ela já andou tanto, já fez tantas coisas bonitas, que seria um desperdício não as comunicar aos outros. Estava a ler e a lembrar-me do título dum livro de Garcia Marquez: Viver para Contar- la.Já que tanto viveu e tanto vive, só me resta pedir que continue a contar-nos..
ResponderEliminarObrigada Manuela, calcula o que me lembrei agora - Uma cantiga do Toni de Matos:
EliminarSomos dois caminhos paralelos
Vamos pela vida lado a lado...
E agora ainda com mais adequação VAMOS!
Obrigada Ana por este testemunho vivo da história do MEM e da educação de infância em Portugal! Vou levar o link para revisitar e dar a conhecer ás minhas alunas..... bjs e saudades
ResponderEliminarObrigada Assunção, gostei de te saber por aqui. Espero ser útil ás tuas alunas. Um abraço grande e Boas Festas
EliminarPois eu também lá fui ...
ResponderEliminarTambém estava no básico, eu próprio era básico e linear ...
>Depois apareceu no D E P E o "Livro de vida do Pedro" ... da A.P.I.A. - Ajuda !!!
Ou seja uma carrada de que se metiam em "slides" para mostrar aos outros pela estrada fora ...
E assim envelhecemos. Com os papéis e tudo.
Luís foste lá num dia de muita chuva em que dentro do Jardim de Infância chovia como na rua. Acho que ficaste bastante chocado com as nossas condições de trabalho, mas olha que em dias de sol aquilo até era bonito!
EliminarFoste lá tirar uma fotografia a uma pintura que o Sérgio gostava muito.
E não havia máquinas digitais, gastava-se um dinheirão... Muita estrada fizemos...
Se eras básico e linear não sei, eu era e se calhar era mais feliz. E mais nova. Quase que podia continuar a cantar a canção do Toni de Matos que está no comentário da Manela:
Doidos que nós fomos
Loucos que nós somos...
Pois, também eu gostei muito de rever o teu percurso que sempre acompanhei de perto e tenho saudades. É incrível como conseguiste guardar tantas memórias! Que venham a ser úteis aos mais novos.
ResponderEliminarAs memórias não estão só na minha cabeça. Estão nas fotografias, e em documentos escritos que eu não consegui deitar fora. A escrita faz permanecer o dito e o vivido. Já agora que Margarida és? Só para eu me situar.
Eliminar